quarta-feira, agosto 20, 2008

A Razão do Passeio Olímpico

passeio olimpico
"Lançar a esta hora foi muito complicado. De manhã só estou bem é na caminha."
Marco Fortes - Lançador do Peso, classificado em 38º


"A arbitragem estava feita para ganhar a chinesa."
Telma Monteiro - Judoca, classificada em 9º lugar


"Não me dou nada bem com este tipo de competições."
Vânia Silva - Lançadora do Martelo, classificada em 46º


"Entrar neste estádio cheio bloqueou-me um pouco. Acabei a prova fresco, o que é estranho."

Arnaldo Abrantes - Velocista, último lugar nos 200m

"Vou de férias. Não vou participar nos 5.000 metros porque não vale a pena."

Jessica Augusto - Meio Fundista, eliminada nos 3.000 metros obstáculos


"A égua entrou em histeria com o écran de video."
Miguel Ralão Duarte - Cavaleiro, desistiu na disciplina de «dressage»

"Ai Caralho! Ainda bem que já passou a prova."
Vanessa Fernandes - Atleta de Triatlo, Medalha de Prata

"Aproveito a ocasião para deixar uma palavra de confiança e homenagem a todos os atletas portugueses participantes nos Jogos Olímpicos."
José Sócrates - 1º Ministro, não foi a Pequim

A actuação da equipa olímpica portuguesa em Pequim é o espelho do estado do país: patéticos, irresponsáveis e pequeninos. A estupidez natural é tanta que o Presidente do Comité Olímpico Português se viu obrigado a vir para a televisão pedir brio e profissionalismo aos seus atletas.

Pessoalmente, acho que a atitude dos atletas portugueses é perfeitamente legítima, principalmente porque os vejo como um produto acabado da «Geração Sócrates».
Não se pode pedir à «Geração Sócrates» que seja profissional quando o exemplo máximo de governação reside num engenheiro amador. É óbvio que os atletas se comportam como uns labregos amadores, quais funcionários públicos olímpicos que foram à China passear com o dinheiro dos contribuintes portugueses (15 milhões de euros foram gastos com estes atletas pouco olímpicos) e fazer aquilo que qualquer funcionário público português faz diariamente: nenhum.
E, tal como o seu líder espiritual, a «Geração Sócrates» não assume quaisquer responsabilidades sobre a merda que faz ou diz.

Para Sócrates, a responsabilidade do estado miserável deste país nunca será da sua governação de contabilista: é do governo anterior; é da crise internacional; é do preço do petróleo; é do aumento das matérias-primas.
Para o atleta olímpico português a culpa é das manhãs, dos árbitros, dos estádios cheios de gente. Para o atleta português o ideal seria que os Jogos Olímpicos decorressem num descampado ermo ao lado da Reboleira Norte, à porta-fechada e sem pressão mediática. Eu sugiro que Massamá se oriente e organize os Jogos Olímpicos de Massamá - vai estar à pinha de atletas portugueses a bater recordes mundiais uns atrás dos outros.


Sócrates está a criar uma geração de meninos. De meninos tolinhos e com uma estupidez olímpica só comparada à do seu líder espiritual.