sábado, maio 31, 2008

A Razão do Voto

voto

Se Deus quisesse que votássemos, tinha-nos dado candidatos.

Jay Leno

Imagem daqui.

sexta-feira, maio 30, 2008

A Razão da Vaca Fria

vaca fria
No próximo fim de semana, ao que tudo indica, voltar à vaca fria deixará de ser uma expressão idiomática para passar a ser mais um erro de casting do partido que pretende tirar a maioria absoluta ao artolas do proto-engenheiro.

quinta-feira, maio 29, 2008

A Razão dos Miseráveis

miseráveis

Sabemos bem que os culpados pela existência de Portugal foram os franceses. Se Henrique de Borgonha não tivesse existido, muito dificilmente o mundo teria conhecido as incontornáveis sandes de couratos. Mas na realidade o franciú que definiu a essência da nossa nacionalidade não foi o pai de Afonso Henriques mas sim Vitor Hugo.
Todos aqueles que acham que Portugal foi criado em 1143 por Afonso Henriques estão equivocados. Esqueçam os Oliveiras Marques, os Jaimes Cortesões e os Hermanos Josés Saraivas: Afonso Henriques talvez tenha definido as fronteiras físicas de Portugal nesse ano tão remoto de 1143, mas foi Vitor Hugo que em 1862 nos definiu como nação ao escrever «Os Miseráveis». O indivíduo foi tão eficaz a caracterizar-nos que, quase 150 anos depois, ainda parecemos personagens de romance. E a coisa parece estar para ficar...


Foto daqui.

terça-feira, maio 27, 2008

A Razão da Pobreza

pobreza
Mário Soares quer o impossível e afirma que Sócrates deve actuar contra a pobreza em Portugal. Decerto que a intenção de Soares é boa embora enuncie mal o sujeito da acção. Sócrates nunca poderá actuar contra a pobreza por uma razão filosófica muito simples: a pobreza nunca será vencida pela pobreza de espírito. É um paradoxo. Isto porque o resultado da pobreza de espírito será inevitavelmente e sempre a pobreza material. Uma coisa conduz à outra. Alimenta-se da outra. E é nesta espécie de círculo vicioso que nos encontramos.
Quando olhamos à nossa volta e vemos como os governos de outros países lidam com a crise internacional é que temos a noção da pobreza de espírito do governo de Sócrates: toda a gente à nossa volta percebe que a saída da crise passa pela manutenção do poder de compra e do estímulo individual das economias internas. Zapatero percebe isso. Sarkozy, apesar de ter a testosterona aos saltos (quem o pode culpar?) percebe isso. Angela Merkel, com a dificuldade criativa que caracteriza o seu povo, vai percebendo isso. Sócrates não. Sócrates, no seu autismo arrogante, tem dificuldade em perceber o que quer que seja. O proto-engenheiro, para não lhe chamar outra coisa, que já tem um gostinho duvidoso para aprovar projectos de engenharia, é o símbolo da pobreza de espírito deste país. Um povo vale por aqueles que elege para seus dirigentes e, meus amigos, neste momento Portugal vale muito pouco.

terça-feira, maio 13, 2008

A Razão dos Hipocondríacos

Hipocondríacos
Em relação às doenças não há expressão que melhor se aplique que aquela que nos diz que «em caso de violação, relaxe e goze». Na totalidade dos casos as doenças são uma inevitabilidade de estarmos vivos. Digamos que fazem parte do contrato implícito que fizemos com a Natureza: um contrato que beneficia claramente o senhorio e que devia ser alvo de contestação sindical permanente.
Tendo esta realidade em conta é fácil de ver quão despropositados são os hipocondríacos. Durante muito tempo achei que os hipocondríacos eram indivíduos que tinham um medo fóbico da morte e que, por isso mesmo, desenvolviam uma série de comportamentos esquisitos e radicais em relação a todos os potenciais sintomas de doença: um espirro para um hipocondríaco nunca é apenas um espirro – é a primeira manifestação de uma gripe fulminantemente letal; uma dor de cabeça nunca é apenas uma dor de cabeça – é um sintoma claro de um tumor cerebral tamanho de uma bola de basquete; uma dor de estômago nunca é apenas uma dor de estômago – é um claro indício de algo vai obrigar-nos a uma operação de elevado risco onde, na melhor das hipóteses, ficaremos com metade do intestino.
Na realidade, e perdendo algum tempo para pensar no fenómeno, acho que os hipocondríacos não têm medo da morte. Têm medo da vida. O acto simples de viver é algo demasiado perigoso para um hipocondríaco, sempre à espreita de um vírus lixado no virar de um guardanapo. Parecem norte-americanos à espera do próximo atentado da Al Qaeda.