quarta-feira, novembro 30, 2005

A Razão da Aliança

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O George Lucas lançou recentemente o último episódio da 2ªtrilogia da série de três trilogias que tinha inicialmente pensado, mas que decidiu a meio caminho transformar em apenas duas por falta de verba e pachorra. Confuso han?
Falo obviamente do Star Wars. Eu sou um fã da primeira trilogia e acho que a paneleirice dos efeitos especiais de última geração que tomaram conta da segunda trilogia, tornaram o produto final mais pobre. Ainda assim divirto-me com os seis episódios. Não haja dúvida que aquilo é mesmo ficção ciêntífica, mas não pelo facto de retratar o futuro e envolver naves espaciais, galáxias distantes, e seres esquisitos à porrada com andróides. Aquilo é ficção porque supostamente retrata uma aliança humana que, sabemos hoje, seria impossível de obter.
Imaginem que o exército revoltoso da Aliança era formado pelos 25 países da união europeia, e conseguem ter uma perspectiva daquilo que provavelmente aconteceria.
Os franceses recusar-se-iam a combater pela Aliança até que esta adoptasse o francês como língua oficial. Os ingleses formariam um grupinho à parte e nunca se perceberia se faziam parte da Aliança ou não. Os alemães fariam campos de extermínio de droids e siths e ficariam assim entretidos. Os holandeses evitariam andar à porrada e praticariam uma política de tolerância com as forças Imperiais, procurando retirar dividendos daquilo a que chamariam uma «parceria comercial sem fins políticos». Os espanhóis atiravam-se de peito feito a todas as naves imperiais e extinguir-se-iam logo de seguida. Os italianos criariam uma unidade especial de combate (os carabinieri rabetini) especializada em atacar o Império pela rectaguarda, mas só depois de terem recebido as "luvas" de combate. Os dinamarqueses andariam felizes como a merda a conduzir as suas naves todos nús, promovendo alegres orgias inter-estelares. Os gregos criariam a «Ala dos Namorados», uma força gay de intervenção, distinguindo-se por usar sabres de queijo feta com uma mestria capaz de engordurar qualquer soldado do Império. Os belgas especializar-se-iam em desbastar as crianças Sith. Os polacos, lituanos, checos e todas as nações do leste europeu, combateriam valentemente a qualquer preço, desde que não os mandassem embora da Aliança. Os portugueses, esses rapazes do Quinto Império, nunca teriam qualquer intervenção no conflito. A bordo da sua única nave, um chasso comprado a prestações e em segunda mão pelo ministério da defesa, chegariam sempre tarde a qualquer batalha interestelar, conquistando a alcunha de «o cú da Aliança». Pequeninos e ruídosos, sempre em autocomiseração, percorreriam galáxias em direcção a lado nenhum. O costume…

May the force be with you.

Publicado a 6 de Setembro de 2005

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